domingo, 11 de abril de 2010

Participação Social

Entende-se por participação social, toda a atividade política da sociedade em eventos que discutam os interesses da cidade e do Estado. Desta forma, o espaço onde couber a aplicação de recursos destinados à promoção da saúde da população, deverá ser acompanhado pelo povo, seja através das decisões emanadas em Plenários, Assembleias e fóruns de decisões, com a média ampliada das instituições representativas da sociedade civil organizada, seja ainda através do acompanhamento do processo em Câmaras de Discussões Técnicas. Estas executam a tabulação de dados a partir da avaliação feita por profissionais da saúde e gestores do Sistema nos diversos níveis regionais e locais, donde extraem-se a casuística a ser adotada. Exerçamos, portanto, a cidadania, desenvolvendo e propondo ações que nos remetam ao encontro de proposituras do Controle Social para uma aperfeiçoada gerência democrática acerca da política de saúde em nosso território. A luta por uma Saúde Pública de qualidade é de TODOS(AS) e precisa continuar!

29 comentários:

  1. Seria interessante se entrasse na pauta de discussão o orçamento participativo. Este, a meu ver, seria sim o primeiro passo num sistema que se pretenda democrático, onde através das sugestões da população civil e dos agentes de saúde (aí entendido médicos, enfermeiros e pessoal de apoio), uma porcentagem do orçamento seria destinado ás demandas. Em algumas cidades brasileiras, como Cachoeiro do Itapemirim (ES), por exemplo, esse sistema já está implantado é vem demosntrando ser um secesso. Um forte abraço, parabéns pelo espaço e A LUTA CONTINUA

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  2. Agradecemos a gentileza da postagem de seu interessante comentário. De fato o orçamento participativo contitui-se num dos maiores avanços das intâncias governativas, para a destinação dos recursos da Saúde em escala dos municípios da federação, como fora o caso do governo de Olívio Dutra, em Porto Alegre, ainda no final do anos oitenta (1989); ao que parece pioneiro na referida empresa. No entanto com passar dos anos, o sistema de saúde de uma maneira geral, vem sendo contaminado com a corrupção desenfreada dos organismos públicos, exatamente pela ausência de uma eficiente fiscalização da população, através do Controle Social, na representação paritária dos Conselhos Distritais de Saúde. Nestas agremiações colegiadas, congregam os partícipes da sociedade civil organizada, cuja principal atribuição é ajudar ao poder público no gerenciamento responsável e de maneira democrática os recursos da Saúde. No entanto, existem pouquíssimas ou insufcientes quadros de instituições como estas em nível nacional, na maioria dos municípios do país, o que inviabiliza uma eficiente "máquina registradora" capaz de coletar os dados de que se precisa para ajustar os orçamentos públicos para o setor da Saúde, tanto na esfera Nacional como nos estados e municípios. Existem diversos estados, em cujos municípios sequer possuem Conselhos Distritais de Saúde; alguns ainda funcionam precariamente, sem serviços administrativos nem dotação de orçamento; locais onde os representantes da população são indicados exclusivamente por membros do poder Executivo, desreipeitando normas mínimas de natureza ético-nomativa. Enfim, o SUS ainda não passa de uma quimera, num país onde não faltam boas intenções. Na prática, há ainda um longo caminho pela frente. Mas isso não é motivo para desistirmos de lutar por uma país mais justo, onde as pessoas sejam tratadas como plenos cidadãos.

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  3. Prezado Companheiro:

    Saúde e Educação neste nosso País varonil, infelizmente não é, nunca foi, e jamais será levado a sério, sena vejamos: Por que a ECT, precisa anunciar, se nem tem concorrente? ... O que o governo gasta em anúncios não seria melhor aplicado em educação e saúde ?
    Houve um conluio entre governo, banqueiros e planos de saúde contra a sociedade, tornando bastante lucrativos os planos a serem vendidos para a parcela da população da qual o governo queria se livrar.
    Foram aprovados planos parciais, exclusões imorais e aumentos desonestos nas mensalidades. Agora, depois que o proletariado e a classe média os comprou e começa a precisar usá-los – pois doenças verdadeiras e graves acontecem –, os Procons, Idecs e jornais ficam repletos de reclamações e os governos que se sucedem vão tomando medidas episódicas e paliativas que em geral prejudicam ainda mais o usuário. Não há um só artigo original na regulamentação, que virou uma colcha de retalhos.

    Com desemprego de 20% e poder aquisitivo em queda, um número considerável dos 35 milhões de brasileiros que compraram planos não podem continuar pagando, não têm para onde ir e estão voltando para o SUS, hoje desfinanciado, mal administrado e adaptado àqueles que suportam filas, falta de acesso, mau acolhimento e demanda reprimida. Além disso os planos de saúde parasitam 15% a 20% dos atendimentos em hospitais públicos, fazendo seus usuários realizarem aí os procedimentos diagnósticos e terapêuticos mais complexos e caros, e não pagando o ressarcimento definido pela Lei 9656. Se a ANS cumprisse essa legislação, os planos deveriam devolver aos cofres públicos no mínimo R$ 1 bilhão por ano. Nestes últimos cinco anos, nem 5% disso foi recolhido.


    O governo não teve constrangimento: veiculou propaganda enganosa, orientou votação desastrosa, continuou solidário com as operadoras e com os bancos, e não melhorou o SUS para dar cobertura aos egressos inadimplentes dos planos. Mas, nossa luta continua viva, precisamos de união de darmos as mãos e gritar por nossos direitos, embora sabendo que a corrupção ativa e passiva conseguem sempre cubrir as nossas vozes.

    Abraços Fratesrnos
    Dom Pepito

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  4. Prezado Companheiro:

    Saúde e Educação neste nosso País varonil, infelizmente não é, nunca foi, e jamais será levado a sério, sena vejamos: Por que a ECT, precisa anunciar, se nem tem concorrente? ... O que o governo gasta em anúncios não seria melhor aplicado em educação e saúde ?
    Houve um conluio entre governo, banqueiros e planos de saúde contra a sociedade, tornando bastante lucrativos os planos a serem vendidos para a parcela da população da qual o governo queria se livrar.
    Foram aprovados planos parciais, exclusões imorais e aumentos desonestos nas mensalidades. Agora, depois que o proletariado e a classe média os comprou e começa a precisar usá-los – pois doenças verdadeiras e graves acontecem –, os Procons, Idecs e jornais ficam repletos de reclamações e os governos que se sucedem vão tomando medidas episódicas e paliativas que em geral prejudicam ainda mais o usuário. Não há um só artigo original na regulamentação, que virou uma colcha de retalhos.

    Com desemprego de 20% e poder aquisitivo em queda, um número considerável dos 35 milhões de brasileiros que compraram planos não podem continuar pagando, não têm para onde ir e estão voltando para o SUS, hoje desfinanciado, mal administrado e adaptado àqueles que suportam filas, falta de acesso, mau acolhimento e demanda reprimida. Além disso os planos de saúde parasitam 15% a 20% dos atendimentos em hospitais públicos, fazendo seus usuários realizarem aí os procedimentos diagnósticos e terapêuticos mais complexos e caros, e não pagando o ressarcimento definido pela Lei 9656. Se a ANS cumprisse essa legislação, os planos deveriam devolver aos cofres públicos no mínimo R$ 1 bilhão por ano. Nestes últimos cinco anos, nem 5% disso foi recolhido.


    O governo não teve constrangimento: veiculou propaganda enganosa, orientou votação desastrosa, continuou solidário com as operadoras e com os bancos, e não melhorou o SUS para dar cobertura aos egressos inadimplentes dos planos. Mas, nossa luta continua viva, precisamos de união de darmos as mãos e gritar por nossos direitos, embora sabendo que a corrupção ativa e passiva conseguem sempre cubrir as nossas vozes.

    Abraços Fratesrnos
    Dom Pepito

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  5. Egrégio amigo e respeitável crítico da hora, compatilhando de suas salientes conjecturas, chegamos a conclusão de que nos cabe então persistir, e, jamais desistir. Já que iventaram o SUS e o apoiamos, quase todos, o que fazer senão acompanhar o processo e impedir sua derradeira capitulação, a exemplo do que já aconteceu com a Educação _ e com a chancela do governo do "professor FH"? Não podemos nos esquecer das recomendações do famigerado "Concenso de Washingtom", que determinou o "estado mínimo" durante os idos dos anos oitenta e fora cumprido à risca pelos sucessivos governos, nos último vinte e poucos anos aqui neste "varonil" país, como bem disseste. Aceitamos e assistimos a tudo isso calados e com os intelectuais "silenciados", via de regra, por não possuirmos uma classe média e um proletariado cônscio das reais necessidades do Estado. Nem sequer estamos nos referindo, nesta linha de raciocínio, à população inorgânica ou aos remanescentes da pseudo classe média (hoje situada no patamar C); nem àqueles que compraram automóveis e eletrodomésticos à perder de vista, acreditando estarem no primeiro mundo, vítimados pela propaganda norte-americana, de que "é preciso consumir tudo o que pintar na tela da Globo para se possuir liberdade, incluindo as telenovelas e demais produções do meni hollywoodeano". Para se ter uma idéia da gravidade da situação, segundo exames empíricos e cálculos estimativos pela Comarca da Capital do Rio de Janeiro, os professores durante os anos noventa e dois mil, foram a categoria funcional do serviço público no Rio e em São Paulo, quem mais tiveram carros confiscados por inadimplência. E o pior é que estes profissionais é quem tinham por obrigação de ofício, dialogar com àquelas gerações "perdidas" sobre mais este fetichismo mercadólógico; pois esta classe constituiu-se na mais vulnerável e alienada classe (média). Resultado: povo ignorante e famílias inteiras desterradas no próprio solo de nossa terra brasilis. Mas a luta tem que continuar, não é mesmo, caro Dom Pepito!
    Fraternal amplexo e gratos pela postagem.

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  6. Parabenizo a todos os membros do Conselho pela iniciativa e organização! A união e apoio mútuos são fundamentais. Sugiro discussões como gerenciamento de resíduos sólidos e de saúde, sustentabilidade e apoio a cooperativas de Catadores Recicladores, Segurança Alimentar, descarte de produtos químicos como as lâmpadas fluorescentes,pilhas , baterias, etc. Contem com meu apoio e participação para que possamos cuidar deste belo presente que Deus nos deu, além da vida: o meio ambiente no qual vivemos. Sem este, é impossivel a sobrevivência humana! Deus, nos abençoe...

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  7. Prezada Dra. Adriana,
    Ficamos muito felizes com sua participação neste espaço criado para a articulação entre todos os cidadãos lúcidos e o poder público constituído, objetivando uma mudança de comportamento ao final do processo dialógico. Aí inscreve-se os que se ocupam de questões como a preservação do meio ambiente através da educação ambiental, tema sabiamente explorado em seu pronunciamento. Muito obrigado pela postagem e estaja certa de que nos encontraremos adiante para entrecruzarmos abordagens afins, seja no campo da Saúde e da Educação, seja exercitando a cidadania, lançando propostas de enquetes voltadas às políticas públicas para os setores estratégicos a serem desenvolvidos pelo Estado. Forte abraço desta Executiva.

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  8. Caros Companheiros:
    é assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de modelo de atenção à saúde e não havia o interesse em criá-lo, por parte do governo colonizador. Os conhecimentos empíricos (curandeiros) eram a opção. Com a vinda da família real ao Brasil, se fez necessária a organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro. A carência de médicos no Brasil-colônia e no Brasil-império era enorme. Para se ter uma idéia, no Rio, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão (Salles, 1971).
    Veio a República e o Brasil continuou o mesmo. No início desse século, a cidade do Rio apresentava um quadro sanitário caótico, sofrendo com doenças graves que acometiam a população, como varíola, malária e febre amarela. Isso acabou gerando sérias conseqüências tanto para saúde coletiva quanto para outros setores, como o do comércio exterior, já que os navios estrangeiros não queriam atracar no porto do Rio em função da cidade. Atualmente, são colocados no mercado de trabalho 8.862 novos médicos, provenientes de 120 faculdades de medicina em todo o país.
    é a saúde continuando um sistema embrionário e contraditório, onde nos destacamos mundialmente por nossas pesquisas pioneiras, no combate à aids, tendo reconhecimento dos nossos profissionais, mas não conseguimos dar atendimento básico à maioria do povo. Já passa da hora de criarmos um Código Nacional da Saúde, respaldado na eticidade, para que possamos organizar este setor no Brasil.

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  9. A reunião realizada junto à comunidade do Parque Mendanha foi produtiva visto que estiveram ali presentes representantes de outras comunidades vizinhas. Recebi um folder do 2° Encontro Ecológico da Zona Oeste e o postei em meu Blog pessoal ( http://www.sanlaru.blogspot.com/ ). Ali eu coloco meus artesanatos e assuntos de meu interesse. No que precisarem conte com minha divulgação.

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  10. Emir Sader: Serra é o candidato da direita

    Fracassado Collor – em cujo governo os tucanos se preparavam para entrar -, FHC assumiu a heranca do projeto neoliberal no Brasil. Norteou-se por seus mentores, Mitterrand e Felipe Gonzalez, e achou que se daria bem sendo seu continuador no Brasil, que era a a via que lhe restava para realizar seu sonho de ser presidente.
    Assumiu com todo o ímpeto, achando que ia se consagrar. A ponto de ter proferido um conjunto de besteiras, como, entre outras, a de que ”A globalização é o novo Renascimento da humanidade”. E lá foi ser “droit” na vida.
    Vestiu a carapuça que Roberto Marinho procurava. Se atribui a ele a frase, diante da queda tão chorada do Collor: “Foi o último presidente de direita que conseguimos eleger”. Se supunha que tinham de buscar em outras hostes o continuador de Collor. E acharam FHC.
    Que teve a audácia de chamar o PFL, partido nascido da ditadura, com ACM, Marco Maciel, Jorge Bornhausen, como seus dirigentes pára- representativos, que tentavam se reciclar para a democracia, buscando apagar seu passado. Tucanos e pefelistas foram a base de sustentação firme do governo, que agregou o PMDB (governista, como sempre) e outros partidos menores.
    Esse foi o eixo partidário do projeto neoliberal de FHC. Que pretendia ser para o Collor o que o Toni Blair foi para a Thatcher: deixar que Collor fizesse o trabalho mais sujo do neoliberalismo – privatizações, abertura da economia, enfraquecimento substancial do Estado, precarização das relações de trabalho -, para que ele aparecesse como a “terceira via”. Como Collor fracassou, FHC teve que vestir o tailler da Thatcher e implementar a ortodoxia neoliberal.
    Serra nunca se deu bem com FHC – como, aliás, com ninguém, com seu gênio de turrão, de mal humorado, que nunca sorri, que atropela a tudo e a todos que vê como obstáculos. Serra sempre disputou com FHC dentro dos tucanos, era seu rival. Perdeu e teve que aceitar o Ministério do Planejamento do governo, sem poder algum, mas tendo que referendar o Plano Real. Depois foi para a Saúde, para tentar preparar sua candidatura à presidência. Tentou manter distância do governo de FHC, sabendo que quem se identificasse com o governo, perderia. Não consegui e foi derrotado fragorosamente no segundo turno.
    Em 2006, temeu por uma nova e definitiva derrota, além do que, pessoa com péssimas relações com todo mundo, perdeu para Alckmin o foro interno dos tucanos e teve que se contentar com esperar. Volta agora como o candidato do bloco que passou a ocupar o espaço da direita no campo político brasileiro.
    A oposição aceita Serra não de bom grado, em primeiro lugar porque ele tem relações ruins com todos. Em segundo, porque ele não quer assumir o figurino – vestido com desenvoltura por FHC, por Sergio Guerra, por todo o DEM – de bater duro no governo Lula, de assumir claramente o papel de oposição ao governo. Porque Serra sabe que o sucesso do governo Lula demonstra que esse é um caminho seguro de derrota.
    É um casamento de conveniência, mas não havia outro lugar se Serra ainda tem alguma esperança de ser presidente. Às vezes, pela fisionomia e pelas palavras dá a impressão que ele sai candidato com resignação, consciente que é sua ultima oportunidade, mas que sabe que vai para o matadouro, para a derrota inevitável.
    O campo político não é definido pela vontade das pessoas. Ele tem uma objetividade, resultado dos enfrentamentos e das construções de força e de aliança de cada bloco. A bipolaridade não é um desejo, é uma realidade. São dois grandes blocos que se enfrentam, com programas, forças sociais, quadros, objetivos e estratégias contrapostas.
    Dilma representa o aprofundamento do projeto de 8 anos do governo Lula, ocupa o espaço da esquerda no campo político. Serra representa as mesmas forças que protagonizaram os 8 anos do governo FHC, que implementou o neoliberalismo no Brasil, governo de que o próprio Serra foi ministro todo o tempo. São dois projetos, dois países distintos, dois futuros diferenciados, para que o povo brasileiro os compare de decida.

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  11. Não dá p'ra ser feliz com Serra!

    Serra propõe substituir o Mercosul e as demais alianças regionais por tratados de livre comércio. A retirada política do Brasil significaria um decisivo aumento da influência dos EUA na América Latina, abrindo o caminho para suas estratégias de desestabilização e conquista. No esquema Serra, sem a rede protetora de aproximações e acordos políticos, econômicos e culturais, o Brasil teria só um caminho em sua política comercial: o da competição selvagem apoiada por salários e impostos reduzidos, na miséria crescente do grosso de sua população, no apequenamento do Estado e na expansão das estruturas repressivas para manter a ordem social e política. A análise é de Jorge Beinstein.
    Jorge Beinstein
    As declarações hostis ao Mercosul feitas por José Serra diante de empresários da Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), deveriam ser tomadas como um sinal de alarme não só no Brasil, mas também na maior parte dos países da região. Como assinalou recentemente um jornal de Buenos Aires, essa grosseria está em aberta contradição com o fato de que cerca de 90% das exportações do Brasil são compradas pelos países do Mercosul e de outros da América Latina (1). As declarações do candidato direitista aparecem como um convite ao suicídio do sistema industrial brasileiro que ficaria exposto à feroz concorrência na América Latina de países desesperados por aumentar suas vendas. A China, por exemplo, que acaba de registrar em março deste ano seu primeiro déficit comercial mensal do último qüinqüênio e cujas exportações (em sua quase totalidade industriais) caíram em 2009 cerca de 16% em comparação a 2008. Mas também de gigantes econômicos como Alemanha e outras economias européias de alto e médio desenvolvimento, ou dos Estados Unidos, todos eles acossados pela contração do comércio internacional provocada pela crise.
    A proposta de Serra de revisar os acordos do Mercosul (considerado por ele como uma farsa e um obstáculo), apontando, como ele mesmo proclama, para sua “flexibilização”, reduzindo ao mínimo o processo de integração econômica, política e social até chegar mesmo a sua eliminação foi recebida com grande alegria pelos círculos mais reacionários da América latina e dos Estados Unidos. A publicação América Economia deu à notícia uma imagem de ruptura apocalíptica, destacando “José Serra reafirma que não quer que Brasil continue no Mercosul” (2

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  12. Se Serra chega à presidência e aplica sua promessa de liquidação do Mercosul, estaria dando um terrível golpe contra uma das maiores proezas econômicas do Brasil: o boom de suas exportações que passaram de 58,2 bilhões de dólares em 2001 para 197,9 bilhões de dólares em 2008 (um aumento de 340%) (3). Como se sabe, as exportações brasileiras caíram cerca de 22% em 2009 devido à crise internacional, mas essa queda teria sido ainda maior sem a existência da retaguarda latinoamericana, sem esses países vizinhos ligados ao Brasil por múltiplos laços econômicos, políticos e culturais. Romper ou “flexibilizar” esses laços em um contexto internacional como o atual, marcado por uma crise que vai se agravando seria uma loucura. O Brasil estaria dando de presente uma importante porção dos mercados regionais a competidores de todos os continentes.
    Integrações periféricas, deterioração das velhas potências centrais
    A proposta de Serra vai na contramão da tendência global dominante rumo às integrações periféricas que aparecem como respostas às crescentes dificuldades das economias das potências centrais (EUA, União Européia e Japão). Neste início de 2010, a China firmou um acordo de integração comercial com os países do Sudeste Asiáico agrupados na ASEAN (4), envolvendo mercados onde vivem quase 1,9 bilhão de pessoas. Poucos meses antes, foi firmado um acordo similar entre a ASEAN e a Índia. Somados os dois acordos e as populações envolvidas (China, Índia e países da ASEAN) chegamos a cerca de 3 bilhões de pessoas, ou seja, cerca de 45% da população mundial. Esse processo está relacionado também com a integração entre China e Rússia, onde um dos baluartes é a Organização de Cooperação de Shangai que agrupa as ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central e tem como observadores em processo de incorporação a Índia, o Paquistão, Mongólia e o Irã.
    Este movimento de integração eurasiática incluindo mais da metade da população mundial está mudando não só a estrutura do comércio internacional, mas também suas relações políticas e militares, e é hoje o coração do processo de despolarização mundial, do fim da unipolaridade governada pelo Império norteamericano.
    A outra tendência integradora importante é a da América Latina que, partindo do Mercosul, foi se ampliando por meio de diversas iniciativas, chegando a Unasul (390 milhões de habitantes e um Produto Bruto regional próximo a 3,9 trilhões de dólares) e à recentemente criada Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (CELC). O vínculo entre esses dois fenômenos regionais é o BRIC, convergência entre Brasil, Rússia, Índia e China, onde o Brasil é precisamente o elo que os articula estrategicamente.
    Esta nova realidade vai muito mais além do nível comercial ou mesmo econômico e está expressa no surgimento de um imenso espaço de poder periférico cujos países líderes têm conseguido resistir muito melhor ao impacto da crise do que as grandes potências capitalistas. Enquanto os EUA vão chegando a um nível insustentável de dívida pública (próxima a 100% do Produto Interno Bruto) e a União Européia aparece muito golpeada pela crise grega, detonadora de um desastre regional muito maior, a América Latina vem se “desendividando”: em 2003, sua dívida externa pública representava cerca de 60% do Produto Bruto regional; em 2008, esse índice caiu para 30%. A região conseguiu isso crescendo e exportando, com várias de suas economias chave afastando-se da ortodoxia neoliberal e da hegemonia dos Estados Unidos.
    Em resumo, a periferia está se integrando, suas nações comercializam cada vez mais entre si, enquanto os países ricos (a área imperialista do mundo)aparecem atingidos pela crise com seus mercados internos estagnados

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  13. Continuação..."Não dá p'ra ser feliz com Serra"
    ou em contração. No entanto, a ascensão da periferia não é inexorável. Dependerá da forma pela qual responda a uma crise sistêmica global que se aprofunda, dependerá de sua capacidade de superar barreiras, das armadilhas de um sistema capitalista mundial regido por potências decadentes e hegemonizado pelo parasitismo financeiro e, sobretudo, no longo prazo, de sua capacidade para libertar-se dessa pesada teia de aranha civilizacional (de raiz ocidental e burguesa) que a condenou ao subdesenvolvimento.
    As direitas locais
    O que Serra propõe é um caminho perverso: sair do processo integrador periférico e submeter-se completamente às turbulências do mercado internacional sem nenhum tipo de escudo protetor regional ou periférico trans-regional. Deste modo, o Brasil passaria a fazer parte da estratégia de recomposição geopolítica imperial dos EUA, onde um dos capítulos decisivos é a desestruturação das integrações periféricas tanto na Eurásia quanto na América Latina.
    Serra propõe substituir o Mercosul e as demais alianças periféricas (Unasul, BRIC, etc.) por um conjunto de tratados de livre comércio. A retirada política do Brasil significaria automaticamente um decisivo aumento da influência dos EUA na América Latina, abrindo o caminho para suas estratégias de desestabilização e conquista. O contexto regional de estabilidade obtido na década passada se deterioraria rapidamente. Um só caso exemplifica bem este perigo: a Bolívia esteve até bem pouco tempo correndo o risco de entrar em uma guerra civil, devido à convergência golpista de sua direita neofascista e do aparato de inteligência do governo Bush. O golpe cívico-militar que detonaria essa catástrofe foi, em boa medida, evitado pela intervenção política dos países do Mercosul, que deram um apoio decisivo para o governo constitucional de Evo Morales. A derrubada da democracia neste país seguramente teria animado tentativas similares em outras nações como Paraguai, Equador e mesmo Argentina convertendo uma parte importante do entorno geográfico do Brasil em uma área caótica, infestada de frentes reacionárias que finalmente conseguiriam afetar sua estabilidade democrática e sua dinâmica produtiva.
    No esquema Serra, sem a rede protetora de aproximações e acordos políticos, econômicos e culturais, o Brasil teria só um caminho para prosseguir em seu desenvolvimento comercial em um mundo cada vez mais difícil: o da competição selvagem respaldada por salários e impostos reduzidos, ou seja, apoiada na miséria crescente do grosso de sua população (começando pelos assalariados e seguindo pelas classes médias), no apequenamento do Estado e, inevitavelmente, na expansão das estruturas repressivas destinadas a manter a ordem social e política; em resumo, na deterioração acelerada das liberdades democráticas. Como vemos, o processo começa com um discurso comercial e culmina necessariamente com um modelo político claramente autoritário.

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  14. Parte III - continuação...
    "Não dá p'ra ser feliz com Serra"

    Deste modo, Serra passa a formar parte do leque de políticos latinoamericanos de raiz neoliberal, nostálgicos das velhas relações neocoloniais com o Império. Estes dirigentes superados pelas tendências integradoras e autonomizantes hoje dominantes na periferia lançaram-se a uma reconquista desesperada dos governos. O tempo joga contra eles, a realidade vai lhes escapando, o senhor imperial que desejam servir está enredado em seus próprios e muito graves problemas, tornando-o cada vez mais irracional. Há um aumento da irracionalidade nos sistemas de poder do centro decadente do mundo e também em seus serventes periféricos.
    As direitas loucas, degradadas, infestadas de brotos fascistas estão agora em moda na América Latina. Em certo sentido, expressam o passado (neoliberal), mas, sobretudo, constituem a promessa de um futuro sinistro.
    Que outra coisa é a direita boliviana que deseja impor um regime de apartheid? Pensemos na caótica direita Argentina cujo único programa é o retorno aos planos de ajuste e a repressão dos movimentos sociais, na direita golpista paraguaia e seus delírios ditatoriais, na direita venezuelana que já ensaiou um golpe de estado fascista e inviável e que está disposta a repetir a façanha.
    Seus projetos de ordem elitista e autoritário poderiam ser vistos como parte da decadência cultural dos círculos de poder que comandaram o mundo na era neoliberal, a era da hipertrofia do parasitismo financeiro, da depredação desenfreada de recursos naturais e humanos. Esses setores estão agora mergulhados em uma crise sistêmica que vai desorganizando-os, jogando-os em uma posição caótica, não só no nível de suas estruturas econômicas, mas também no plano psicológico, ou que os torna cada vez mais perigosos e imprevisíveis.

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  15. Prezados leitores,
    vejam o que a dupla Serra-Kassab vem aprontando em Sampa...
    Boa leitura!

    Serra é o “pai do higienismo” em São Paulo
    20 de Maio de 2010 – 12h00
    Quando a reportagem chega ao escritório da Paróquia São Miguel Arcanjo, na zona leste de São Paulo (SP), o padre Júlio Lancellotti está de olho no e-mail. Depois de responder a uma ou outra mensagem, pula para o Twitter e consulta as últimas postagens. Curioso sobre o Vermelho, acessa pela primeira vez a página do portal e comenta duas matérias recentes — uma sobre o presidenciável tucano José Serra, outra com depoimentos do jornalista Altamiro Borges.
    É uma manhã fria de sexta-feira. Lancellotti, líder da Pastoral da Rua, aceitara conceder a entrevista ao Vermelho um dia antes, ao saber do tema da conversa — a “limpeza social” implantada em São Paulo a partir de 2005, inicialmente na gestão de José Serra (PSDB), depois no governo de seu sucessor, Gilberto Kassab (DEM). Desde o começo, o “padre dos povos da rua” foi um dos opositores mais veementes da política higienista demo-tucana.
    Ele também co-responsabiliza Andrea Matarazzo, o ex-secretário municipal que, numa e noutra gestão, acumulou poderes e liderou a perseguição a moradores de rua. A troca de farpas entre Matarazzo e Lancellotti atravessou os últimos anos — com uma vantagem para o padre: ele não recorreu a jornalistas para agir como seus porta-vozes ou ghost-writters, nem tampouco partiu para a calúnia. Sua atuação foi sempre no âmbito político e ideológico.
    “O que eu acho é que o José Serra e o Andrea Matarazzo são os pais — os expoentes — do higienismo em São Paulo. O que eles fizeram com os povos da rua foi um absurdo total, uma falta de sensibilidade”, declara Lancellotti ao Vermelho, na primeira parte da entrevista que abre a série “Povos da Rua — A ‘Faxina Social’ de Serra e Kassab”.
    Ao denunciar as tais práticas higienistas — como a construção das chamadas “rampas antimendigos” —, Lancellotti atraiu a ira da dupla PSDB-DEM, a hostilidade de parte da grande mídia e até um tratamento irônico de setores da Igreja Católica. Pelo que dá a entender, não se desestabilizou. Ao contrário — seus depoimentos rebatem pontualmente a cada uma das polêmicas em que se envolveu.
    Continua... (falta de espaço, como sempre)

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  16. (continuando)...

    Confira.
    Vermelho: São Paulo é a cidade mais rica do Brasil, e seu PIB cresce acima da média nacional. Ao mesmo tempo — e apesar das inúmeras operações da Prefeitura no Centro —, o número de moradores de rua não para de crescer. Fala-se em ao menos 15 mil desabrigados, sendo metade deles na região central. Não é uma contradição?
    Júlio Lancellotti: Não é, não. Marx já dizia que fatores econômicos não explicavam tudo. O que prevalece em São Paulo é uma política de negligência aos povos em situação de rua, e isso independe de qualquer situação econômica. Faltam políticas sociais. Quem está na rua não pode ser privado do direito mais elementar, que é o de ser reconhecido e tratado como um ser humano. Não é o fator econômico que vai determinar isso.
    Vermelho: Como a posse de José Serra na Prefeitura, em 2005, alterou o tratamento à população de rua? Depois das chamadas “rampas antimendigos”, você chegou a acusar Serra e o subprefeito Andrea Matarazzo de “práticas higienistas”…
    JL: O que eu acho é que o José Serra e o Andrea Matarazzo são os pais — os expoentes — do higienismo em São Paulo. O que eles fizeram com os povos da rua foi um absurdo total, uma falta de sensibilidade. Essas rampas não foram o único caso. Agentes da Prefeitura começaram a perseguir o povo da rua, jogar água em cima deles. Era uma ação corriqueira, cotidiana. Depois teve aquele banco feito para a pessoa de rua ficar só sentada. Várias entidades denunciaram o descaso, as aberrações.
    Vermelho: Você foi acusado, pela Prefeitura e por publicações como a Veja, de tratar o morador de rua como um “intocável” — de querer tornar permanente uma situação pontual…
    JL: Eles fazem muito isso — desqualificar o interlocutor —, como se a questão se reduzisse a isso. Diziam que eu devia ir morar na rua, já que eu gostava tanto dessa gente. Desqualificam quaisquer manifestações que cobrem políticas públicas sérias, construção de moradias para moradores de rua, criação de alternativas. E tentavam também dar aquela impressão: “Eu fiz tudo que podia, e ele (o morador de rua) não quis. Tem albergue, mas ele não vai porque não quer. Ele é que não gosta de tomar banho e, por isso, não vai”.
    continua...

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  17. Continuando...

    Vermelho: É uma forma de criminalizar o morador de rua, tratá-lo como um vagabundo?
    JL: É como dizer que o morador de rua não faz isso ou aquilo porque não gosta de regras. Você vai trabalhando essa animosidade no imaginário popular, na opinião pública, contra essas pessoas da rua, como quem diz: “Tem possibilidade. Eles é que não querem”.
    Vermelho: Toda a administração municipal seguia essa mesma linha?
    JL: Houve um episódio — e aí são as contradições da história — em que uma moradora de rua morreu em frente a um posto de atendimento na zona norte. A doutora Cristina Cury, secretária de Saúde do Serra, declarou que a moradora “morreu onde vivia”, e nós protestamos de maneira muito forte contra a fala dela. Então ela me ligou para pedir desculpas. E eu disse: “Doutora, a sra. não tem de pedir desculpas para mim. A sra. tem de ouvir os agentes comunitários de saúde da rua”. Aí ela recebeu 11 agentes e ficou tão impressionada com o relato deles que resolveu multiplicar o trabalho.
    Vermelho: Dá para dizer que o conjunto da administração demo-tucana não era 100% afinado com essa política higienista?
    JL: Na Secretaria da Saúde, como eu disse, nós conseguimos brechas. Já na Secretaria de Assistência Social, com o Floriano Pesaro, a parada foi dura. Hoje ele é vereador e se considera “o pai do povo da rua”. Uma vez, diante das câmeras, o Floriano me disse para todos ouvirem: “Te dei R$ 400 mil e você quer manter este povo na rua”. Eu respondi: “Não, nem você me deu, nem o dinheiro era para mim”.
    Ele não pode fazer isso. Essas coisas são feitas através de ações públicas, que têm de ser transparentes. Você, se está na Prefeitura, não dá dinheiro para uma entidade porque você quer. Há fiscalização. Se ele me desse dinheiro público e eu aceitasse, os dois deveriam ser acusados de prevaricação, de improbidade.
    Vermelho: Com a transição do Serra para o Kassab, melhoraram as relações entre a Prefeitura e os moradores de rua?
    JL: O que acontece com a administração Kassab é que ela é muito dividida, muito partida. A presença do Matarazzo e de outros expoentes do PSDB lá dentro tornou tudo muito difícil. Com o tempo, alguns foram saindo, mas uma renca deles ainda continua lá. A gente tem tido muitos problemas com a Guarda Civil, que é ligada ao (secretário municipal de Segurança) Edson Ortega. Como todo expoente do PSDB, sua especialidade é a desqualificação do interlocutor. Eles são doutorados nesse assunto. É interessante que essa violência para desqualificar o interlocutor seja uma característica do pessoal do PSDB.
    Vermelho: Numa entrevista ao Vermelho, o jornalista Luis Nassif atribuiu ao FHC a gênese dessa tendência tucana de ver políticas sociais de forma obscurantista, de tachar de “provinciana” tudo que é manifestação popular…
    JL: Foi bom você falar nisso, porque há uma coisa no PSDB que é de uma maldade, uma ironia que é cáustica. Outro dia, fomos falar com o secretário Edson Ortega, e ele nos disse assim: “Mas eu não aguento ver uma pessoa caída na rua. Isso é um crime de lesa-humanidade. Vocês querem que essa pessoa, coitada, continue na rua? Não podemos deixá-la nessa situação. Nós temos de retirá-la da rua, ela queira ou não. Ver uma pessoa na rua é criminoso, atenta aos meus valores éticos e morais. Isso é da minha formação — eu sou assim, sou humanista, não posso ver”.

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  18. continuando...

    Ele não pode fazer isso. Essas coisas são feitas através de ações públicas, que têm de ser transparentes. Você, se está na Prefeitura, não dá dinheiro para uma entidade porque você quer. Há fiscalização. Se ele me desse dinheiro público e eu aceitasse, os dois deveriam ser acusados de prevaricação, de improbidade.
    Vermelho: Com a transição do Serra para o Kassab, melhoraram as relações entre a Prefeitura e os moradores de rua?
    JL: O que acontece com a administração Kassab é que ela é muito dividida, muito partida. A presença do Matarazzo e de outros expoentes do PSDB lá dentro tornou tudo muito difícil. Com o tempo, alguns foram saindo, mas uma renca deles ainda continua lá. A gente tem tido muitos problemas com a Guarda Civil, que é ligada ao (secretário municipal de Segurança) Edson Ortega. Como todo expoente do PSDB, sua especialidade é a desqualificação do interlocutor. Eles são doutorados nesse assunto. É interessante que essa violência para desqualificar o interlocutor seja uma característica do pessoal do PSDB.
    Vermelho: Numa entrevista ao Vermelho, o jornalista Luis Nassif atribuiu ao FHC a gênese dessa tendência tucana de ver políticas sociais de forma obscurantista, de tachar de “provinciana” tudo que é manifestação popular…
    JL: Foi bom você falar nisso, porque há uma coisa no PSDB que é de uma maldade, uma ironia que é cáustica. Outro dia, fomos falar com o secretário Edson Ortega, e ele nos disse assim: “Mas eu não aguento ver uma pessoa caída na rua. Isso é um crime de lesa-humanidade. Vocês querem que essa pessoa, coitada, continue na rua? Não podemos deixá-la nessa situação. Nós temos de retirá-la da rua, ela queira ou não. Ver uma pessoa na rua é criminoso, atenta aos meus valores éticos e morais. Isso é da minha formação — eu sou assim, sou humanista, não posso ver”.
    O discurso do PSDB entra por aí. É teatral. Eles se apropriam de um discurso que é humanista, mas que deforma a boca, porque não é verdadeiro. Você ouve e soa como ironia. A pessoa diz que é “humanista”, e é capaz de ela pegar um lenço para chorar, mas você vê que não é real. E ele repete: “Mas você quer que ele fique lá deitado na rua, morrendo de frio. Eu vou mandar recolher”.
    Vermelho: A Alda Marco Antonio, vice-prefeita e atual secretária de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, disse que a Prefeitura vai deixar de tratar o morador de rua à noite, no albergue, e começará a tratá-lo durante o dia. Para isso, mostraram até duas tendas. Essa lógica tem alguma eficácia?
    JL: É uma tentativa de resposta diferente. O “Jardim da Vida”, que o pessoal chama de tenda, é uma forma de atingir uma população de rua que não é atingida por ninguém. É um método em que se diminuem aquelas barreiras de acesso — o morador de rua não precisa ter documentos, pode até estar bêbado, não precisa estar vinculado a algum trabalho. Essa foi o choque com o Andrea Matarazzo. Percebe a contradição? Com toda a limpeza social, na cara do Centro da cidade se abrem dois espaços informais onde querem estabelecer vínculos com a população de rua, e ela não é obrigada a nada.
    Vermelho: E o fechamento de albergues? Faz algum sentido?
    JL: Você tem de ver exatamente o que isso significa. Nós, junto ao movimento, temos uma linha: mais do que albergue, queremos ter moradia — moradias comunitárias, repúblicas terapêuticas, pensões sociais. Tem muita coisa provisória, mas queremos uma política de acesso à moradia definitiva, para pessoas com baixíssima capacidade de endividamento. Hoje uma das áreas mais fossilizadas da Prefeitura é a habitação. O que a Secretaria de Habitação fez?

    E olha que estamos no Brasil do século 21!!!

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  19. O Projeto Políticas Públicas de Saúde da FSS/UERJ, os Fóruns de Saúde do Paraná, de Alagoas, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Londrina e demais entidades, conclamam sua adesão à Carta aos Ministros do Supremo Tribunal solicitando a procedência da ADIN 1.923/98

    Frente pela procedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.923/98 – Contra as OS!

    Companheiros e Companheiras,

    Nós, do Fórum Popular de Saúde do Paraná, juntamente com os companheiros do Fórum em Defesa do SUS e Contra as Privatizações de Alagoas, estamos chamando as entidades, movimentos e pessoas para compor uma frente nacional. O objetivo é pautar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a importância de votarem favoravelmente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 1923/98, contra a Lei 9.637/98, que “dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais, e dá outras providências”, e contra a alteração do inciso XXIV do artigo 24 da Lei 8.666/93, com redação dada pelo artigo 1º da lei 9.648/98 que permite a dispensa de licitação para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais (OS).
    As OS tem sido um importante modelo privatista, empregado em alguns Estados e municípios, que tem levado a grandes precarizações das condições de trabalho e da prestação de serviço à população.
    O Fórum Popular de Saúde de São Paulo e os sindicatos de servidores públicos têm travado uma grande luta no estado, já que foi o “grande” modelo de gestão adotado por Serra. No estado de Alagoas as entidades e movimentos têm se mobilizado para impedir a criação de uma lei estadual que autorize/transfira os serviços para as OS’s.
    O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro também tem participado de diversas lutas e programado eventos para enfrentar a privatização da saúde no estado.
    Londrina criou um Fórum Popular de Saúde recentemente para lutar contra a mercantilização da saúde e efetivação do SUS constitucional.
    Consideramos importante travarmos a batalha pela aprovação dessa ADIN. Isso passa longe de resolver os problemas da privatização, visto que as OS’s é apenas um dos diversos modelos de privatização, mas é um passo a frente em nossa luta de ter um Sistema Único de Saúde 100% público e estatal, voltado ao interesses do povo e não dos grupos econômicos.
    A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) manifestaram- se junto ao STF em defesa da constitucionalidade da Lei das OS’s. A votação da ADIN, segundo o jornal Folha de São Paulo, ocorrerá no STF até o fim do mês de maio, ou seja, nas próximas duas semanas.
    Visto isso, por enquanto nossas propostas de intervenção são:
    1) Divulgar carta nacional pedindo a aprovação da ADIN assinada por entidades, movimentos e ministério públicos do país. – A carta pode ser vista em: http://fopspr.wordpress.com/
    2) Fazer a entrega dessa carta e uma conversa com o relator responsável pela ADIN;
    3) Constituir campanha através de um abaixo-assinado digital a fim de mobilizar a população e explicitar os problemas da privatização do serviço público. Veja o Abaixo Assinado em:
    http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/abaixoassinado/6184

    Os Fóruns de Saúde do Paraná, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro e Londrina estão unidos nesta luta!

    As assinaturas para a carta podem ser enviadas para o e-mail pelasaude@gmail.com - assunto: carta ADIN possibilitando assim produzirmos um documento único.

    Colocamo-nos à disposição para o que for preciso. E vamos lá construindo a luta para enfrentar os modelos privatistas que nos arrancam direitos! Participe!

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  20. 13 de junho de 2010 às 10:48
    A Copa da mediocridade e dos factoides
    por Luiz Carlos Azenha

    Gostaria muito de ser desmentido pelos fatos. Ou por exibições maravilhosas do Brasil, por exemplo. Mas não vi nada nesta Copa do Mundo, até agora, que mereça mais que um replay. Aliás, vi sim: o golaço da África do Sul contra o México. Ah, o frangaço do goleiro da Inglaterra diz muito sobre os “melhores momentos”. Parece que veremos mais do mesmo: o nivelamento, por baixo, do futebol. Resultado de um fenômeno internacional, que é a produção de jogadores em massa, na periferia, para servir às ligas europeias. Temos uma padronização do “produto”: jogadores altos, fortes, de bom preparo físico e que subordinam o talento individual às formulações táticas dos treinadores.

    Os técnicos, por sua vez, têm grande incentivo individual para não ousar. Eles lidam com grupos que se reúnem eventualmente, formados por jogadores que atuam fora de seus próprios países e é muito difícil dar padrão de jogo a esses times bissextos. A opção é por montar times que entram em campo para não perder, já que na primeira fase uma derrota pode comprometer a classificação e a partir da segunda fase ela é mortal. Temos, portanto, times medíocres montados para jogar na defesa.

    O fato de que os jornalistas brasileiros reclamam que Dunga está fazendo treinos fechados é simbólico da falta de notícias que se abate sobre a Copa do Mundo, quando os jogos já estão em andamento. A não ser por um lance aqui, outro ali, reina a mediocridade. Para completar, temos o barulho das vuvuzelas tirando toda a humanidade das arquibancadas. Uma boa desculpa para que a FIFA “entregue” o sinal de TV dos jogos com uma trilha sonora própria, quem sabe com anúncios dos patrocinadores oficiais.

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  21. O discurso pasteurizado do Kaká sobre a bola da Copa; o silêncio dos intelectuais; a empáfia do Dunga (mais um cavalo de raça); o frangaço do goleiro inglês; a ignorância do povo; o preconceito racial do técnico branco de Gana; a mais-valia internacional...mais o adicto em recuperação-comentarista e a solidariedade do babaca do Galvão Bueno...é o fim do mundo africano_um novo viveiro de escravos, desta feita não mais nas Canárias; deslocaram-no sutillmente para o Sul do continente!!! Como fica o palanque da Dilma diante de tal paradigma, aqui com tantos escravos famintos torcendo pelo sucesso do PAC $4...e pelá capitulação do Serra...Desgraça pior seria uma final Argentina 3: Brasil 2! Axé!!!

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  22. Comentário postado no site oficial da Marina Silva...
    Marina, não traia o seu povo! opte por quem criou Pastas fundamentais para o aprofundamento das discussões da Agenda Social deste país. O Serra está comprometido com grupos conservadores históricos, incluindo os da indústria madeireira que irá desgastar a sua imagem entre os movimentos do Terceiro Setor de esquerda. Não apague o que você, tão nobremente “escreveu” em sua biografia. Saia do obscurantismo político e assuma de vez a vanguarda de nossas lutas por um pais livre desta burguesia podre, que está no palanque DEMo/PSDB. Não posso acreditar que nesta reta final você venderá o país, por pura vaidade. Lembre-se das milhares de mulheres que você representa e que estrá alijada dos principais fóruns de discussão acerca de nossa soberania. Não deixe seus “filhos” órfãos. Recomendo “A Formação das Almas – O imaginário da República no Brasil”, pp. 75 (República-Mulher: Entre Maria e Marianne) do historiador José Murilo de Carvalho, que deves ter lido quando acadêmica de História. Não deixe manipularem a missão cívica dos agentes responsáveis pelas substantivas mudanças e transformações da Nova República, que tem no atual governo, sua mais representativa expressão, através de Dilma Rousseff, que pretende-se seja a Primeira mulher Presidente do Brasil.

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  23. Comentário postado no Blog oficial da Marina Silva.
    Marina,
    não traia o seu povo. Opte por quem criou Pastas fundamentais para o aprofundamento das discussões da Agenda Social deste país. O Serra está comprometido com grupos conservadores históricos, incluindo os da indústria madeireira que irá desgastar a sua imagem entre os movimentos do Terceiro Setor de esquerda. Não apague o que você, tão nobremente “escreveu” em sua biografia. Saia do obscurantismo político e assuma de vez a vanguarda de nossas lutas por um pais livre desta burguesia podre, que está no palanque DEMo/PSDB. Não posso acreditar que nesta reta final você venderá o país, por pura vaidade. Lembre-se das milhares de mulheres que você representa e que estrá alijada dos principais fóruns de discussão acerca de nossa soberania. Não deixe seus “filhos” órfãos. Recomendo “A Formação das Almas – O imaginário da República no Brasil”, pp. 75 (República-Mulher: Entre Maria e Marianne) do historiador José Murilo de Carvalho, que deves ter lido quando acadêmica de História. Não deixe manipularem a missão cívica dos agentes responsáveis pelas substantivas mudanças e transformações da Nova República, que tem no atual governo, sua mais representativa expressão, através de Dilma Rousseff, que pretende-se seja a Primeira Mulher Presidente do Brasil.

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  24. Comentário postado no Blog oficial da Marina Silva.
    Marina,
    não traia o seu povo. Opte por quem criou Pastas fundamentais para o aprofundamento das discussões da Agenda Social deste país. O Serra está comprometido com grupos conservadores históricos, incluindo os da indústria madeireira que irá desgastar a sua imagem entre os movimentos do Terceiro Setor de esquerda. Não apague o que você, tão nobremente “escreveu” em sua biografia.
    Saia do obscurantismo político e assuma de vez a vanguarda de nossas lutas por um pais livre desta burguesia podre, que está no palanque DEMo/PSDB. Não posso acreditar que nesta reta final você venderá o país, por pura vaidade. Lembre-se das milhares de mulheres que você representa e que estará alijada dos principais fóruns de discussão acerca de nossa soberania.
    Não deixe seus “filhos” órfãos. Recomendo “A Formação das Almas – O imaginário da República no Brasil”, pp. 75 (República-Mulher: Entre Maria e Marianne) do historiador José Murilo de Carvalho, que deves ter lido quando acadêmica de História. Não deixe manipularem a missão cívica dos agentes responsáveis pelas substantivas mudanças e transformações da Nova República, que tem no atual governo, sua mais representativa expressão, através de Dilma Rousseff, que pretende-se seja a Primeira Mulher Presidente do Brasil.

    Professor Abisai Leite

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  25. Um Brasil mais justo para todos

    Nosso Brasil é um país economicamente rico, mas somos socialmente miserável, nós brasileiros esperamos e acreditamos em um Brasil melhor para todos, não um Brasil que só serve a ganância de alguns, a conivência de outros e a apatia do resto.
    É difícil saber em qual área estamos pior: Educação, Saúde ou Segurança, porque na maioria das vezes essas áreas só serve aos interesses ideológicos, corporativista e políticos.
    É muito bonito ver a propaganda do governo para essas áreas, mas é deprimente constatar que na realidade nas maiorias das capitais continua sendo uma utopia.
    Os indicadores nos diz uma coisa, mas a realidade confirmam outra, e quando digo pior,e porque a má qualidade de uma dessas áreas,acaba comprometendo a atuação da outra,e isso só converge para o caos que vivemos e vivenciamos em nosso cotidiano.
    Na Educação:
    O número de analfabetos em nosso pais ainda é gritante, e a maioria dos que são alfabetizados só sabem assinar o próprio nome, e não conseguem sequer entender um documento que assinam.
    E em algumas Capitais as salas de aula ainda são improvisadas e que se não fosse o desdobramento dos Professores esses alunos estariam legados a escuridão do saber.
    Amigos, não se assustem quando vocês passarem perto de uma unidade de ensino e se depararem com um grupo de adolescentes correndo, por favor, não chamem a polícia, não é um arrastão, eles estão apenas fazendo educação-física, mas sem uniformes e calçados apropriados.
    O mais engraçado na educação é na hora da matrícula escolar, porque o Site está sempre fora de sistema e o número do telefone sempre cai errado, você que não procure enfrentar uma fila durante três dias, para ver se irá conseguir uma vaga, e por falar em vaga há um grupo de pessoas que vende vagas na fila, que dizer lucram com o desespero alheio.

    Na Saúde:
    A saúde continua doente como sempre, está sempre da enfermaria para a UTI e da UTI para a enfermaria,até hoje a saúde ainda não foi curada.É preocupante quando você ouve o Ministro da Saúde vir a público e anunciar que haverá uma epidemia da dengue com a maior naturalidade,chego a pensar que nos próximos anos a dengue será incorporada ao nosso calendário,que além de trazer os feriados e datas comemorativas também trará um anuncio da dengue.
    E o atendimento em alguns hospitais você só irá conseguir com um mandato judicial, e o atendimento muitas vezes é feito nos corredores das unidades de saúde, alguns exames só fora das unidades de saúde, sê for uma tomografia ou uma ressonância magnética, você só irá conseguir no particular (pagando).

    Na Segurança:
    Na área da segurança é mais complicado, pois apesar de em nosso país você ter a sua liberdade e garantia individual e coletiva garantida pela constituição, você não pode circular livremente nas ruas, com muita tristeza eu li uma reportagem em uma revista de grande circulação, que entrevistava um comentarista esportivo que resolveu morar em Mônaco, e quando perguntado por que ter resolvido se mudar para outro país, respondeu que por ser melhor para suas viagens a trabalho e não precisar andar em carro brindado e rodeado por seguranças, confesso que senti muita vergonha quando li essa reportagem. E o nosso trânsito é muito legal,você se depara em cada sinal com vários indivíduos fazendo malabares,querendo te vender doces, limpar o pára-brisa do seu carro,e alguns tentando te roubar mesmo.sem contar os pedintes ,nas ruas é o mesmo,sem contar com aqueles que querem te fazer cair em algum conto,é conto do vigário,conto do paco,conto do anel de ouro,conto do bilhete premiado,conto do documento perdido,são tantos contos que você tem que escolher em qual quer cair...e por falar em conto depois eu conto mais,tem um elemento roubando a minha bicicleta .............fuiiiiiiiiiiiiiiii

    Jefferson Fernandes

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  26. Um Brasil mais justo para todos

    Nosso Brasil é um país economicamente rico, mas somos socialmente miserável, nós brasileiros esperamos e acreditamos em um Brasil melhor para todos, não um Brasil que só serve a ganância de alguns, a conivência de outros e a apatia do resto.
    É difícil saber em qual área estamos pior: Educação, Saúde ou Segurança, porque na maioria das vezes essas áreas só serve aos interesses ideológicos, corporativista e políticos.
    É muito bonito ver a propaganda do governo para essas áreas, mas é deprimente constatar que na realidade nas maiorias das capitais continua sendo uma utopia.
    Os indicadores nos diz uma coisa, mas a realidade confirmam outra, e quando digo pior,e porque a má qualidade de uma dessas áreas,acaba comprometendo a atuação da outra,e isso só converge para o caos que vivemos e vivenciamos em nosso cotidiano.
    Na Educação:
    O número de analfabetos em nosso pais ainda é gritante, e a maioria dos que são alfabetizados só sabem assinar o próprio nome, e não conseguem sequer entender um documento que assinam.
    E em algumas Capitais as salas de aula ainda são improvisadas e que se não fosse o desdobramento dos Professores esses alunos estariam legados a escuridão do saber.
    Amigos, não se assustem quando vocês passarem perto de uma unidade de ensino e se depararem com um grupo de adolescentes correndo, por favor, não chamem a polícia, não é um arrastão, eles estão apenas fazendo educação-física, mas sem uniformes e calçados apropriados.
    O mais engraçado na educação é na hora da matrícula escolar, porque o Site está sempre fora de sistema e o número do telefone sempre cai errado, você que não procure enfrentar uma fila durante três dias, para ver se irá conseguir uma vaga, e por falar em vaga há um grupo de pessoas que vende vagas na fila, que dizer lucram com o desespero alheio.

    Na Saúde:
    A saúde continua doente como sempre, está sempre da enfermaria para a UTI e da UTI para a enfermaria,até hoje a saúde ainda não foi curada.É preocupante quando você ouve o Ministro da Saúde vir a público e anunciar que haverá uma epidemia da dengue com a maior naturalidade,chego a pensar que nos próximos anos a dengue será incorporada ao nosso calendário,que além de trazer os feriados e datas comemorativas também trará um anuncio da dengue.
    E o atendimento em alguns hospitais você só irá conseguir com um mandato judicial, e o atendimento muitas vezes é feito nos corredores das unidades de saúde, alguns exames só fora das unidades de saúde, sê for uma tomografia ou uma ressonância magnética, você só irá conseguir no particular (pagando).

    Na Segurança:
    Na área da segurança é mais complicado, pois apesar de em nosso país você ter a sua liberdade e garantia individual e coletiva garantida pela constituição, você não pode circular livremente nas ruas, com muita tristeza eu li uma reportagem em uma revista de grande circulação, que entrevistava um comentarista esportivo que resolveu morar em Mônaco, e quando perguntado por que ter resolvido se mudar para outro país, respondeu que por ser melhor para suas viagens a trabalho e não precisar andar em carro brindado e rodeado por seguranças, confesso que senti muita vergonha quando li essa reportagem. E o nosso trânsito é muito legal,você se depara em cada sinal com vários indivíduos fazendo malabares,querendo te vender doces, limpar o pára-brisa do seu carro,e alguns tentando te roubar mesmo.sem contar os pedintes ,nas ruas é o mesmo,sem contar com aqueles que querem te fazer cair em algum conto,é conto do vigário,conto do paco,conto do anel de ouro,conto do bilhete premiado,conto do documento perdido,são tantos contos que você tem que escolher em qual quer cair...e por falar em conto depois eu conto mais,tem um elemento roubando a minha bicicleta .............fuiiiiiiiiiiiiiiii

    Jefferson Fernandes

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  27. Prezados Conselheiros e colaboradores,
    enviando (anexo) a íntima do CÓDIGO DE ÉTICA do Tranparência Brasil. Tal preceito vem a ser a via de acesso aos canais de comunicação entre os que pretendem assumir um "estado de comprometimento" nas instâncias de poder dentro e fora das instituições públicas e privadas no país. Contudo, sugere-se a elaboração de um ementário próprio, atinente às singularidades de cada uma das entidades constituintes do Terceiro Setor, vinculadas ao controle social e da sociedade civil.
    Os fundamentos e exercício da ética, permeiam todos os campos da atividade humana, e remete-se ao exame das relações interpessoais e de interesse social, por alimentar-se da racionalidade normativa das condutas individuais e coletivas. A tomada de decisões precisam levar em conta um raciocínio sintético que seja capaz de superar a todos os conflitos, sejam os de natureza normativa (protocolares), sejam os que estão em litígio em dado processo de discussão (teórico-pratico e/ou de caráter político).
    O momento em que se vive no Brasil_e principalmente na América Latina_, requer maior atenção, ante às transições e transformações paradigmáticas em quase todos os setores da atividade humana, considerando os costumes e tradições presentes no seio das nações em desenvolvimento e as metas ensejadas pelo nivelamento econômico e social pretendidos por governos e apoiadas por pessoas e entidades que vem combatendo as desigualdades e assimetrias no país e no mundo. Não podemos, portanto, estar à margem de tais perspectivas. Propomos isso como pauta para a primeira reunião ordinária do colegiado a ser eleito para o próximo mandato (2012-2015) no CDS AP 5.2.
    Att,
    Abisaí Leite - Secretário Executivo do CDS AP 5.2

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  28. Participações do Governo do Estado no Fórum Social Temático:
    “Democracia, Participação e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”
    (eventos abertos ao público, conforme capacidade dos locais)
    www.participa.rs.gov.br

    25.01 - 16 horas / Painel: 5º Objetivo de ODM - Melhorar a Saúde Materna
    Co-promoção: Governo do Estado do RS e ONG SOS Mulher Social
    •Local: Canoas/RS - Parque Eduardo Gomes - Bairro Fátima
    •Painelistas: (coordenadora de mesa: Adriana Steimetz)
    Wagner Caetano: Secretaria Geral da Presidência da República
    Jorge Carreiro: Prefeitura Municipal de Paulista/PE
    Hélios Puig: Coordenador Estadual do ODM RS.
    Governo do Estado: Políticas Públicas do Governo para promover o alcance do 5º ODM no RS
    Emília Fernandes: Fórum de Mulheres do Mercosul/Brasil e Secretária Executiva do CODESUL / BRDE

    26.01 - 10 horas / Painel: Experiências de Participação
    Co-promoção: Governo do Estado e ONG Moradia e Cidadania
    •Local: Auditório da Caixa Econômica Federal / Rua Sete de Setembro, 1001 / 12º andar (Praça da Alfândega)
    *Painéis com:
    Rede Brasileira de OP - Orçamento Participativo
    Prefeitura de Canoas/RS
    Conselhos Regionais de Desenvolvimento/RS (COREDES)
    Pedro Santana - ONG Viva la Ciudadania / Colômbia

    26.01 - 14 horas / Painel: Sistemas de Participação
    •Local: Casa de Cultura Mário Quintana (Conexões Globais 2.0)
    •Painelistas:
    Pedro Pontual (Secretaria Geral da Presidência da República)
    João Motta (Governo do Estado do Rio Grande do Sul
    Franco Bartolacci (professor de Ciência Política da Universidad Nacional de Rosario / Argentina
    Lourdes Esther Huanca Atencio (Federación de Mujeres Campesinas Indigenas / Peru

    27.01 - 9h30min / Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
    Co-promoção: Governo do Estado e ONG Moradia e Cidadania
    •Local: Caixa Econômica Federal - Rua Sete de Setembro 1001, 12º andar - Auditório
    •Painelistas: (coordenador de mesa: Hélios Puig)
    Wagner Caetano: Secretaria-Geral da Presidência da República
    Jorge Carreiro: Prefeitura municipal de Paulista/Pernambuco
    Davi Luiz Schmidt: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
    Rodrigo Rocha Loures: Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade
    Virginia Vargas Consejo Internacional del Foro Social Mundial Articulación Feminista Mercosur – Peru

    27.01 - 14 horas / Painel: Os sentidos da democracia
    •Local: Teatro Dante Barone – Assembleia Legislativa
    •Painelistas:
    Tarso Genro
    Boaventura de Souza Santos
    Gilberto Carvalho
    Bernard Cassen ou Ignacio Ramonet
    Adão Villaverde

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  29. Aos profissionais da Enfermagem do Rio de Janeiro

    Felicitamos à toda a categoria da enfermagem carioca por essa histórica conquista, somente conseguida por força de uma incansável luta travada contra as forças conservadoras presentes no Estado brasileiro. Aqui no Rio de Janeiro, não dá para esquecer a "varredura" promovida pelos insensíveis (des) governos Marcelo Alencar/César Maia (PFL/DEMo/PSDB). Juntos demitiram cerca de 100 mil profissionais de saúde que acumulavam duas matrículas, em especial os da enfermagem, sobretudo nos anos noventa. Conheci de perto essa ingrata realidade. Entramos em depressão e alguns em desespero profundo pela circunstância de sofrimento existencial causado pela constante ameaça do fantasma da "cassação de matrículas" desses heroicos profissionais e chefes de família, que labutavam (e labutam) nas frentes assistenciais do SUS, em postos e hospitais federais, estaduais e municipais.
    Lamentavelmente, alguns não compreendem o esforço feito por frentes de luta política, nos sindicatos e fóruns onde se discutiram tais questões, com lideranças autênticas e coerentes com a trajetória do que chamo de "Bloco Histórico" constituinte do atual governo federal, que vêm se empenhando no empoderamento de minorias, onde entre as quais situa-se a enfermagem, em cuja imensa maioria, é composta por mulheres e homens negros oriundos de estratos sociais historicamente marginalizados e/ou fronteitiços (vistos pelas elites como "recalcitrantes" e fadados ao crime!).
    O quadro ainda persiste em relação a preconceitos dessa natureza, embora tenha havido alguma mudança. O serviço público constitui uma porta de entrada digna e democrática de acesso à cidadania para essas pessoas; por isso mesmo controlado pelos "proprietários do poder no seviço público", uma espécie de “Leviatan tupiniquim”. Prova da dita querela tivera sido os "apadrinhamentos" realizados pelos "falsos empresáriosda saúde" das famigeradas falsas cooperativas de saúde que lotearam perversamente os governos ora citados: verdadeiras “oficinas de locomotivas” (“trens da alegria”) carregados de profissionais de saúde desempregados (exército de reserva), que margeavam a grade concorrente ao serviço público, oportunisticamente aliciados (quando não cooptados!) para atenderem demandas assitenciais fabricadas, com tabulações de dados maqueados e fraudulentos. Chegou-se ao despautério de se cobrar por “serviços prestados” em hospitais públicos do Rio de Janeiro.
    Companheiros,
    Espera-se com essa medida das 30 horas semanais cessar-se esse temerário “ciclo de maldades e incertezas” para com esses profissionais que operam um atendimento de qualidade e eficiência na rede pública de saúde.
    Parabéns à enfermagem carioca. Agora rumemos à conquista da aprovação do Projeto de Lei 2295-2000 na Câmara Federal.
    Att,
    Abisaí Leite - Secretário Executivo do CDS AP 5.2

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